vou articulando a coluna e volta e meia consigo ficar ereto. penso nas bochechas e inclino a cabeça pra frente junto com a mão que sustenta o livro. penso que falho na tentativa de um bom aspecto estético para o eu leitor.
II. em pé
soa como um triste impasse entre cansaço físico e esforço mental. as pernas, trêmulas, começam a levantar um odor enfadonho de suor. a posição geralmente determina pré encontros ou esperas.
III. de bruços
os cotovelos doem, mas as mãos estão sob controle. o livro, bem articulado, transa em uma abertura de 180 graus perfeitamente dispersados e entregue aos olhos do interlocutor. há a rapidez de terminar logo a leitura.
IV. deitado
não consigo ver o livro daqui de baixo, ele está muito alto e tendenciosamente desafiando minha miopia. certas posições horizontais me cansam e suscitam combates. batalhas perdidas. movo-me e deito de bruços.
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